quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Boa sorte no Natal e em 2011



Venho através destas modestas palavras para desejar a todos boa sorte neste Natal de 2010 e também no ano de 2011.
Não usarei de discursos previsíveis, como aqueles que nos dizem para refletir sobre o ano que passou e mais outras entediantes delongas.
O mudar de tudo, é, de fato, a unica certeza da vida, depois da morte, claro. Nada fica do mesmo jeito, nada é inerte, tudo se move, de uma forma física ou não. O tempo é a substância da existência. 
Talvez devêssemos pensar mais em coisas desse tipo, e não ''refletir'' pelo que fizemos ou deixamos de fazer.
Fazer isso neste ano de 2011, o ano em que teremos um ''novo'' chefe do Executivo. Piada. Tudo segue no mesmo rumo ditatorial que quer um certo partido (lê-se quadrilha) político.


Depois de uma reflexão sobre uma das maiores catástrofes políticas já vividas neste país, aí pode-se pensar em fazer (ou desfazer) algo. O que esperar de 2011? Eu respondo: só podemos esperar ''Brasil''. Para os que não entenderam: ''Brasil'' é um termo que denota exacerbação, exagero, falta de tato, descumprimento legal, atraso, etc. Posso até parecer um tanto positivista, porém, não é a intenção. Não concordo com a lei em sua integra, visto a falta de técnica de muitos legisladores que já passaram no Legislativo brasileiro. Mas sabe-se que a unica forma de ter alguma garantia, mesmo que ilusória, é através da lei. O único meio de pleitear juridicamente algum bem que tenha sido ferido, ou algum dano, é através da lei. É a unica ''arma'' contra o capitalismo, entretanto, sabe-se que este esta incurso na própria lei. Contraditório, não? Sim, mas é Brasil, então é algo ''normal'', lamentavelmente (sabemos que isto acontece em outros países, porém, não vamos entrar no mérito da legislação internacional, nossa crítica é voltada ao nosso país).


Deixando um pouco de lado a lei, falemos das previsões para o novo ano. Subjetivamente, somente espero quando sairão ''companheiros'' as ruas, vestidos em fardas vermelhas, ditando as novas políticas e o ''novo Brasil''. A verdade é que nada mudou. Melhor: o circo continua o mesmo, só trocaram os palhaços. E a ''diversão'' para o povo continua, intacta, enquanto a indecorosa burguesia nada no mar de prazeres monetários públicos.


E infelizmente, assisto a toda esta solenização vil, com certa sensação de impotência, sabendo que muitos que compartilham do mesmo idealismo, ou semelhante, também estão em suas casas, apenas lamentando, apontando e julgando ser certo ou errado, ao invés de tomarem-se de uma vontade real de mudança, ao invés de tomarem atitudes sinceras, a fim de extinguir a ''PTocracia'' que já se instalou neste país, e extinguiu qualquer resquício de esperança por alguma democracia, utópica até hoje, existente apenas nos discursos dos governantes.


Não sou de nenhum lado da política, nem direita, nem esquerda, apenas desejo a perpetuação do estado de direito, com leis com cunho mais social que capital, e que não levem o sistema a ser prejudicado pelo próprio sistema. Em meu pensar, não existiria partido político. A mania de rotulação do ser-humano muitas vezes dificulta a vida em si. Rotular pensamentos, ideais, crenças, políticas, etc. Partidos políticos são apenas rótulos que na maioria das vezes geram debates e disputas infindáveis, cada um na pífia tentativa de impor um ideal, que julga ser o melhor pra todos, baseado em que seja o melhor porque acha que o é. Porém sou daqueles que pensa que algo assim só se muda com revolução. E sabe-se bem que revolução nenhuma é feita no aperto de mão e no coleguismo, felizmente ou não. Mas se este for o jeito, voltemos então ao início do texto. Tudo muda, fisicamente ou não, e tudo deve ser mudado. Faz parte da essência animal e universal modificar-se, nada é inerte e não permanece do jeito que veio a esta mundo.


Enfim, ao invés de feliz Natal ou feliz ano novo, desejo boa sorte a todos. Todos irão precisar.


Ah... por sinal, o Natal e ano novo já passaram. Desculpem-me, é que escrevi no ritmo ''Brasil'', aí sabe como é... é tudo muito atrasado.